N?o aceito o tremor em meus dedos e o suor em minhas m?os, nem a tristeza que trago no meu cora??o, apesar de saber que abandonar é uma escolha.
I
- Ent?o, vai mesmo descer entre eles? - perguntou, uma dor que n?o queria demonstrar toldando sua voz.
DasEdrel virou-se para ela e sorriu, o semblante em paz e cheio de luz.
- Sim, vou sim. N?o quer mesmo experimentar isso comigo?
éfrera n?o pode deixar de sorrir, descrente de como ele sempre resolvia ignorar tudo o que era.
- Realmente, n?o pretendo viver como eles, me esquecer como eles. Sou uma demiana, e n?o tem como eu abrir m?o disso.
- N?o precisará. Você continuará sendo...
- Já tivemos muito dessa conversa – sorriu se aproximando, se abra?ando nele, que a apertou em seus bra?os.
- N?o consigo deixar de tentar – riu baixinho. – Sentirei muito a sua falta, você sabe, né?
- Vou sentir a sua também. Sabe que n?o vou te ajudar, n?o é mesmo?
- Sei, claro que sei. Vai me ver como seus bonequinhos humanos – riu novamente.
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- N?o, n?o é por isso. Essa densidade na qual vai se afundar. Eu,... N?o tem como...
- E diz aquela que combate os dem?nios com uma ferocidade maior que a deles – riu outra vez, apertando-a mais forte. – Mas, vem cá – falou a afastando um pouco de si, as m?os mantendo-a pelos ombros. – Agora, acho que já pode me contar, n?o é mesmo? Agora que estou de partida... – sorriu.
- O que quer saber?
- Há vários dias te vejo tensa, pensativa, como se estive tentando se decidir sobre algo importante. HasDrael? Alguma miss?o novamente?
- Sim, mais uma. Mas, nada de importante – falou, após pensar por um momento.
- Sei... Já a vi perto de come?ar alguma miss?o. Mas essa... Huuuu... Você está meio eufórica. Pode me dizer que miss?o seria essa?
- N?o, n?o posso...
DasEdrel a olhou, os olhos perscrutadores. Ent?o os abriu de supet?o.
- Mercator... Você sempre quis ir atrás dele... é ele, n?o é?
- E se for? – perguntou se afastando.
- Tenha cuidado, muito cuidado. Mercator n?o é o que parece.
- N?o lhe parece um dem?nio?
- Ele é algo mais, meio indefinido. Parece que Tup? se esmerou na cria??o dele. Sabe, o arquianjo o ter poupado depois do que ele fez... Bem, todo cuidado é pouco. Dá até para ouvir Trevas e Escurid?o falando que será fácil confrontá-lo – sorriu.
- Por que? Por que ele assume tanta importancia? Pesquisei sobre ele, agora que os arquivos foram abertos e...
- Os arquivos que eles queiram que você visse. N?o se deixe usar – avisou. – Sabe, minha querida – falou puxando-a para si, - há sussurros que dizem que o arcanjo, aquele que foi torturado, foi enviado pelo próprio Trov?o, para semear Mercator. Parece que Mercator tinha amor demais pelo Trov?o, e foi um dos que mais sentiram a separa??o.
- Tup?, em dívida? – duvidou.
- N?o, n?o acho que seja dívida. Acho que estaria mais para,... saudades, ou esperan?a de uma possibilidade desejada – falou, ajudando-a a tirar a roupa.
II
- Estranho, n?o? – éfrera falou após terem tentado se fartar naquela energia. - é bom, mas n?o como antes. N?o sinto mais a energia correndo pelo ar, n?o sinto...
- N?o mais o toque de almas, n?o é mesmo? Sim, concordo que o sexo, agora, é algo extremamente pobre nessa vibra??o, mas é o que temos – DasEdrel relaxou, o sorriso satisfeito no rosto, observando cuidadosamente, nos mínimos detalhes, a demiana, como uma despedida que era.